quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Medicação intermitente no tratamento da tuberculose em adultos

Objetivos

o objetivo dessa revisão foi comparar a efetividade de regimes de rifampicina de curta duração, administrados duas ou três vezes por semana a administração diária em pacientes adultos com tuberculose pulmonar.

Antecedentes

O número de pessoas infectadas com tuberculose continua a aumentar mundialmente. Os tratamentos que contêm rifampicina podem alcançar taxas altas de cura. A posologia intermitente poderia melhorar a aderência ao tratamento.

Estratégia de pesquisa

Fontes pesquisadas: Cochrane Infectious Diseases Group Specialized Trials Register, Cochrane Controlled Trials Register, MEDLINE e referências bibliográficas dos artigos. Contatamos especialistas na área.

Critério de seleção

Ensaios clínicos randomizados e quase randomizados que envolviam qualquer regime de tratamento múltiplo que incluísse a rifampicina, em pacientes com diagnóstico confirmado de tuberculose pulmonar. Comparava-se a administração de até três vezes por semana por no máximo nove meses, com período de dose inicial diária de até um mês, com dose diária administrada pelo mesmo período de tratamento.

Recompilação e análise de dados

Dois revisores avaliaram independentemente a elegibilidade e a qualidade dos estudos.

Resultados principais

Foi incluído um estudo com 399 pacientes. O estudo comparava o tratamento de três vezes por semana com o tratamento diário por seis meses. Não houve diferença na taxa de cura (198/199 pessoas no grupo que recebeu administração intermitente, 200/200 no grupo submetido a administração diária). Entretanto, no grupo submetido ao tratamento intermitente houve 5 recidivas, enquanto no grupo que recebeu terapia diária houve uma.

Conclusões dos revisores

Não há evidências suficientes para comparar o efeito da administração intermitente com o da administração diária das drogas nos tratamentos de curta duração que contêm rifampicina, em pacientes com tuberculose pulmonar. São necessários estudos randomizados maiores.

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Pesquisa feita na Biblioteca Cochrane BVS.

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