quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Morbidade Hospitalar do SUS - por local de residência - Pernambuco (Taquaritinga do Norte)

Morbidade Hospitalar do SUS - por local de residência - Pernambuco
Internações por Capítulo CID-10 segundo Município
Município: Taquaritinga do Norte
Faixa Etária 1: Menor 1 ano
Período: Jan-Jun/2008
Município Cap 01 Cap 04 Cap 06 Cap 10 Cap 11 Cap 16 Total
Fonte: Ministério da Saúde - Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.
TOTAL 2 2 1 2 1 4 12
261500 Taquaritinga do Norte 2 2 1 2 1 4 12

Coeficiente de mortalidade da doença de DM do município de Taquaritinga do Norte – PE

Mortalidade - Pernambuco
Óbitos p/Residênc segundo Município
Município: Taquaritinga do Norte
Causa - CID-BR-10: Diabetes mellitus
Período: 2005
Município Óbitos p/Residênc
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

TOTAL 5
261500 Taquaritinga do Norte 5

Coeficiente de mortalidade da doença de DM do município de Taquaritinga do Norte – PE = n° de óbitos por determinada doença x 100 / n° de óbitos geral = 5x100/120 = 4,1

Taxa de Mortalidade de Taquaritinga do Norte -PE

Mortalidade - Pernambuco
Óbitos p/Residência segundo Município
Município: Taquaritinga do Norte
Período: 2005
Município Óbitos p/Residência
Fonte: MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

TOTAL 120
261500 Taquaritinga do Norte 120

População Residente - Pernambuco
População Resident segundo Município
Município: Taquaritinga do Norte
Período: 2008
Município População Resident
Fontes:
• 1980, 1991 e 2000: IBGE - Censos Demográficos
• 1996: IBGE - Contagem Populacional
• 1981-1990, 1992-1999, 2001-2006: IBGE - Estimativas preliminares para os anos intercensitários dos totais populacionais, estratificadas por idade e sexo pelo MS/SE/Datasus.
• 2007-2008: IBGE - Estimativas elaboradas no âmbito do Projeto UNFPA/IBGE (BRA/4/P31A) - População e Desenvolvimento. Coordenação de População e Indicadores Sociais.
Veja a nota técnica para detalhes da metodologia.
Consulte o site da Secretaria Estadual de Saúde para mais informações.

TOTAL 22.404
261500 Taquaritinga do Norte 22.404

Taxa de Mortalidade = n° de óbitos x 1000/ n° da população =120 x 1000/22.404= 5,35

FICHAMENTO

BIBLIOGRAFIA: http://www.dordecabeca.com.br/htm/sht_enxadesc.shtm

Enxaqueca
Os pacientes com enxaqueca receberam de alguém da família os genes para ter este tipo de doença. Embora em apenas um tipo mais raro de enxaqueca, chamada de hemiplégica familiar, tenha sido evidenciado o cromossomo 19 como responsável por sua transmissão de um parente para outro, aceita-se hoje que os demais tipos de enxaqueca, inclusive os mais comuns como a enxaqueca sem aura, também sejam herdados através de genes.
As crises da enxaqueca apresentam-se como :
• dor pulsátil ou latejante (podendo ser em pressão ou aperto) nas regiões da fronte e têmpora;
• A dor se apresenta mais de um lado da cabeça (em 40% dos pacientes é dos dois lados);
• A intensidade é moderada a severa ou severa;
• Geralmente incapacita o paciente para as suas atividades normais;
• Piora com esforços ou atividades físicas e se inicia leve e progressiva;
• Duram em média de 4 a 72 horas quando não são tratadas ou o são de forma ineficaz e geralmente terminam de forma gradual.

São associadas a pelo menos dois dos sintomas abaixo:
• Enjôo ou vomitos
• Intolerância à claridade ou à ruídos ( foto e fonofobia)

Após as crises, algumas pessoas sentem-se ótimas e outras como se um "trator" tivesse passado por suas cabeças, inclusive com dolorimento intenso no couro cabeludo.

Sintomas de alerta:
Há pessoas que sentem que vão ter uma crise de enxaqueca antes da dor aparecer, através de "avisos" que o organismo pode fornecer.
Por vezes, estes avisos se iniciam inespecíficos um dia ou algumas horas antes, com sensações do tipo:
• Desconforto na cabeça;
• Bocejos frequentes;
• Irritabilidade;
• Perda da capacidade de concentração ou raciocínio;
• Diarréia;
• Desejo exagerada por algum tipo de alimento ou aversão total;
• Desconforto abdominal;
• Palidez (muito frequente em crianças);

Esses sinais chamam-se de PRÓDROMOS e não estão presentes em todos os sofredores de enxaqueca, ou estão presentes antes de alguns episódios, mas não de todos, em um mesmo paciente.
Quando os sinais são mais intensos, antecedendo a crise em menos de 2 horas apresentando-se como dormência ou diminuição da força muscular em um lado ou parte do corpo, observação de pontos ou raios luminosos ou brilhantes, perda total ou parcial de uma parte do campo de visão, os chamamos de AURA.
Muitos são os fatores externos ou internos de agressão que podem iniciar uma crise de dor em quem tem enxaqueca. No entanto, vamos listar abaixo os fatores mais freqüentes relacionados ao início de um processo doloros:
- alimento se bebidas
- hábitos de alimentação e sono
- variação brusca de temperatura e umidade do ar
- fatores hormonais e estresse
- menstruação e efeitos hormonais

Tratamento Preventivo
Para a realização de um tratamento eficaz e com aderência do paciente é fundamental que sejam fornecidas orientações claras sobre as causas e os mecanismos da dor e da doença enxaqueca, assim como o fato de que as crises de dor de cabeça provocadas poderem ser deflagradas por fatores variados e comuns na vida de qualquer pessoa. A simples prescrição de medicamentos preventivos, geralmente empregando drogas consideradas “fortes” pelo paciente e com drogas para outras doenças, sem que o paciente entenda o porquê da ocorrência de cefaléias tão desconfortáveis e incapacitantes, é sinônimo de insucesso e peregrinações por diversos profissionais.
O tratamento farmacológico da enxaqueca divide-se em preventivo e agudo. O tratamento preventivo deve ser realizado quando há mais de duas crises de dor de cabeça forte e/ou com duração prolongada por mês ou quando, a despeito da freqüência, a intensidade dos ataques é devastadora e absolutamente impeditiva de quaisquer atividades. Mais recentemente, um novo conceito de que a migrânea ou enxaqueca é uma doença progressiva, pode ser associada a uma maior incidência de infartos cerebrais e que os pacientes devem ser tratados preventivamente mesmo com baixa freqüência de crises vem ganhando mais respaldo na comunidade científica.
Várias classes de drogas podem ser usadas. Independente da medicação escolhida, todos devem ser iniciados em doses baixas, com preferência pela monoterapia (apenas uma droga) nos casos mais simples e virgens de tratamento. Além disso, devem ser mantidas por dois a três meses para se avaliar a sua eficácia. Os pacientes devem entender claramente que não se pode esperar benefícios antes desse período de tempo, embora alguns melhorem antes disso.
Entre as várias drogas usadas, os β bloqueadores são utilizados há mais de 25 anos e ainda representam uma das primeiras escolhas de tratamento para os pacientes não asmáticos. São drogas originariamente usadas para pressão alta e para doenças do coração, mas isso nada tem a ver com seu efeito na enxaqueca. Deve ser enfatizado que as doses necessárias para a prevenção da migrânea são inferiores àquelas para doenças cardiovasculares e, portanto, a tolerabilidade é melhor na maioria dos casos e os efeitos colaterais são bem menos comuns.
A metisergida é considerada a droga mais antiga prescrita especificamente para a profilaxia das crises de enxaqueca e sua eficácia é alta, em torno de 60 a 70%. Os derivados da ergotamina não são drogas usadas com freqüência nos dias de hoje e reservam-se para os casos refratários e resistentes e para profilaxia em curto prazo, por apenas alguns dias, como na migrânea menstrual. As complicações do uso da metisergida relacionadas a fibroses retroperitoneais, pleuro-pulmonares e cardíaca-valvulares realmente existem, mas sugere-se hoje que sejam devidas a idiossincrasias (reações individuais) e não relacionadas a dose e tempo de uso. No entanto, a maioria dos médicos não conhece bem a farmacologia das drogas que prescreve e continua propagando os efeitos colaterais e não os benefícios claros da metisergida.
Os antagonistas da serotonina pizotifeno e ciproheptadina são os componentes deste grupo de fármacos que revelam eficácia na prevenção da enxaqueca. As drogas pertencentes a este grupo parecem exercer os seus efeitos em receptores serotoninérgicos centrais. Os efeitos colaterais mais comuns são a sedação e a sonolência intensas além de ganho de peso nas doses plenas recomendadas. No entanto, quando usadas em associação com outras classes de drogas, podem ser empregadas doses menores e por isso são mais bem toleradas pelos pacientes.
Os antidepressivos: Os derivados tricíclicos amitriptilina e nortriptilina são os antidepressivos mais utilizados na prevenção da migrânea e seu uso nada tem a ver com depressão ou com o fato do paciente ter depressão. Os mecanismos pelos quais estas drogas parecem exercer a sua ação são relacionados aos sistemas da serotonina, noradrenalina e da melhora da antinocicepção central (sistema antidor do cérebro) através de um incremento da função opióide endógena. As doses devem ser iniciadas sempre baixas com gradual aumento a cada 5-7 dias e os efeitos colaterais mais observados são síndrome vertiginosa, ganho ponderal, aumento do apetite, sonolência, boca seca e constipação intestinal. No entanto, como as doses necessárias à profilaxia da migrânea são em geral bem inferiores às doses antidepressivas, esses fármacos são bem tolerados, principalmente se iniciados lenta e gradualmente.
Os antagonistas ou bloqueadores dos canais de cálcio: Os componentes deste grupo de fármacos apresentam estruturas químicas variadas e diferem em eficácia clínica, perfil de efeitos colaterais e contra-indicações. A flunarizina é o mais usado no Brasil e age basicamente reduzindo a freqüência dos ataques. Embora a flunarizina seja preconizada na dose de 10mg/dia, recomenda-se sua utilização em dose única de 3 a 5 mg/dia à noite com a mesma eficiência e sem os indesejáveis efeitos colaterais de ganho ponderal, sonolência, tremor e sintomas extrapiramidais.
Os anticonvulsivantes: Nos últimos anos, crescente atenção tem sido dirigida a esse grupo de drogas para a prevenção da migrânea. Assim como com os antidepressivos, o seu uso na prevenção das crises de enxaqueca nada tem a ver com o paciente ter ou não epilepsia ou convulsões. Isso precisa ficar bem claro, pois os pacientes frequentemente consultam a bula do remédio e ficam com a idéia incorreta de que o remédio é “forte” ou que o médico imaginou que eles tivessem epilepsia, convulsões e outro problema mais sério ao invés da enxaqueca. Deve ficar claro, portanto, que o uso destas drogas se faz justificado e muito eficaz, pois alguns dos mecanismos cerebrais envolvidos na enxaqueca são similares aos da epilepsia e que se pode usar em uma doença as drogas para a outra e vice-versa.
O divalproato de sódio e o topiramato são os anticonvulsivantes mais usados e eficazes para a prevenção da enxaqueca. Atuam basicamente nos sistemas neurotransmissoriais gabaérgico e glutamatérgico, assim como em canais de cálcio, de sódio e no sistema serotoninérgico. Em função desse fato, esses anticonvulsivantes têm sido denominados de neuromoduladores.
O divalproato de sódio, recomendado também para pacientes com migrâneas refratárias e cefaléia crônica diária, exerce os seus efeitos benéficos através mecanismos gabaérgicos e da elevação da condutância ao potássio produzindo hiperpolarização neuronal. Além disso, atua nos neurônios serotoninérgicos do núcleo dorsal da raphe e tem ação de modulação nos receptores GABAA.
O topiramato é uma das mais novas aquisições do arsenal de prevenção da enxaqueca. Apresenta inédito mecanismo de ação quádruplo atuando nos canais de sódio e cálcio, nos receptores glutamatérgicos kaianato/AMPA e aumenta a atividade GABAérgica atuando nos receptores GABAA . Esse neuromodulador vem sendo sugerido para o tratamento preventivo da migrânea desde o final da década de 90. Dois estudos com um grande número de pacientes foram decisivos para corroborar o que vinha sendo observado na prática clínica. A posologia do topiramato, assim como a do divalproato de sódio, é de duas doses diárias. Como o topiramato é inibidor da anidrase carbônica, pode provocar dormência em dedos das mãos e dos pés sendo necessário aumentar a ingestão de líquidos para evitar e combater esse efeito. Dentre todas as drogas existentes para a profilaxia da enxaqueca, o topiramato é o único que promove perda de peso, da ordem de 1 a 3 kg por mês, o que o torna opção interessante para as mulheres e todos aqueles que se preocupam com esse aspecto.
Miscelânea: Nesse grupo de drogas estão várias substâncias de estrutura farmacológica diferente como a tizanidina, o feverfew, a riboflavina e o magnésio. A tabela 5 mostra as drogas mais usadas para a profilaxia da migrânea, sua eficácia e perfil de efeitos colaterais.

Tratamento das Crises
As drogas existentes para o tratamento das crises de enxaqueca são divididas em específicas e não específicas. Entre as específicas, os triptanos são agonistas seletivos dos receptores serotoninérgicos 5-HT1B/1D e existe bom suporte científico atestando a sua eficácia e segurança.

FATORES REVELANTES NA MINHA PESQUISA:
- definição
- crises
- causas
- sintomas de alerta
- tratamento preventivo
- tratamento das crises

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Medicação intermitente no tratamento da tuberculose em adultos

Objetivos

o objetivo dessa revisão foi comparar a efetividade de regimes de rifampicina de curta duração, administrados duas ou três vezes por semana a administração diária em pacientes adultos com tuberculose pulmonar.

Antecedentes

O número de pessoas infectadas com tuberculose continua a aumentar mundialmente. Os tratamentos que contêm rifampicina podem alcançar taxas altas de cura. A posologia intermitente poderia melhorar a aderência ao tratamento.

Estratégia de pesquisa

Fontes pesquisadas: Cochrane Infectious Diseases Group Specialized Trials Register, Cochrane Controlled Trials Register, MEDLINE e referências bibliográficas dos artigos. Contatamos especialistas na área.

Critério de seleção

Ensaios clínicos randomizados e quase randomizados que envolviam qualquer regime de tratamento múltiplo que incluísse a rifampicina, em pacientes com diagnóstico confirmado de tuberculose pulmonar. Comparava-se a administração de até três vezes por semana por no máximo nove meses, com período de dose inicial diária de até um mês, com dose diária administrada pelo mesmo período de tratamento.

Recompilação e análise de dados

Dois revisores avaliaram independentemente a elegibilidade e a qualidade dos estudos.

Resultados principais

Foi incluído um estudo com 399 pacientes. O estudo comparava o tratamento de três vezes por semana com o tratamento diário por seis meses. Não houve diferença na taxa de cura (198/199 pessoas no grupo que recebeu administração intermitente, 200/200 no grupo submetido a administração diária). Entretanto, no grupo submetido ao tratamento intermitente houve 5 recidivas, enquanto no grupo que recebeu terapia diária houve uma.

Conclusões dos revisores

Não há evidências suficientes para comparar o efeito da administração intermitente com o da administração diária das drogas nos tratamentos de curta duração que contêm rifampicina, em pacientes com tuberculose pulmonar. São necessários estudos randomizados maiores.

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Pesquisa feita na Biblioteca Cochrane BVS.